29/09/2014

Maria João Cantinho escreve sobre Marques, Teresa Martins, A Mulher que venceu Don Juan, editora Âncora, 2013.

Marques, Teresa Martins, A Mulher que venceu Don Juan, editora Âncora, 2013.

José Rodrigues Miguéis
Muito conhecida pela sua obra ensaística, Teresa Martins Marques lançou recentemente o seu primeiro romance. Referência incontornável nos estudos sobre José Rodrigues Miguéis, em 1994, foi, também, responsável pelo tratamento do espólio do escritor e poeta David Mourão-Ferreira, (entre 1997 e 2004), autor escolhido pela investigadora para a sua tese de doutoramento.
Quando a autora pensou em publicar esta obra, o risco era grande, à partida, todavia manteve-se à altura desse desafio a que se havia proposto. Teresa Martins Marques começou por publicar partes do texto na Internet e, nomeadamente, no seu mural, a partir de Outubro de 2012 até ao mês de Maio de 2013, tendo-nos demonstrado que os efeitos da comunicação podem ser utilizados de uma forma criativa e inédita. Foi assim que, combinando personagens reais e fictícias, num constante diálogo com os seus leitores, o romance começou a ganhar forma, tornando-se uma obra instigante e que toma por objecto um tema bem pertinente, o da violência doméstica. A forma como está construído, a sua dinâmica ágil e o enredo envolvente prendem o leitor até ao seu final. E isso não acontece apenas pelo modo como a acção se desenrola, mas também pelo domínio da autora na construção das suas personagens.
O romance abre com quatro citações, todas elas alusivas a uma das figuras mais enigmáticas e interessantes da nossa cultura: D. Juan. Infinitas são as ramificações do conceito e a ironia da autora encontra-se exactamente no modo como subverte as interpretações mais tradicionais, acrescentando-lhes interpretações inéditas, provenientes da psicologia e da psicanálise. Só uma profunda conhecedora da tradição literária e do tema em questão, poderia utilizar a sua erudição de uma forma que é, ao mesmo tempo, lúdica e despretensiosa, como o faz Teresa Martins Marques. A destreza como as reflexões se vão concatenando em torno dos temas aqui abordados, como a luxúria e o amor, são consequência de uma decisão clara da autora, a de não querer transformar as suas personagens em figuras vazias e espectrais. Os diálogos fluídos constituem outra das estratégias mais conseguidas, desse ponto de vista. São muitas as figuras que vão desfilando sob o olhar do leitor: o Dr. Amaro Fróis, o D. Juan, o médico hipócrita e devoto da beleza artificial, que desconhece o amor e faz da luxúria o seu instrumento de poder perverso, a Sara/Esmeralda, mulher bela que se rebela contra o estatuto de instrumento sexual e de boneca de luxo ostentada pelo marido poderoso, a psicóloga Lúcia que acompanha (e salva) mulheres que são vítimas de violência doméstica, albergando-as na casa da Caparica (o nome é fictício, mas a organização da APAV é real), Luís, professor universitário e alcoólico, homem bom que procura a redenção pelo amor, Manaças, a figura do oportunista que vive de expedientes, entre muitos outros que ocupam aqui um lugar secundário.
Nenhuma destas personagens carece de espessura, antes se posicionam de diferentes ângulos de visão, em caleidoscópio, evidenciando a subtil capacidade de observação da romancista, cuja experiência e conhecimento da natureza mundana lhe confere instrumentos precisos na descrição dos traços psicológicos de cada uma delas, estabelecendo assim uma clara contraposição entre elas e definindo-lhes o contorno. Essa espessura é o que contribui também para a verosimilhança das personagens, sendo que algumas delas são verídicas. E o trabalho de linguagem da autora é rigoroso, a linguagem que lhe dá corpo é fluída e musical e, não raro poética.
A acrescentar a essa construção, o conhecimento literário do género narrativo, a ironia mordaz na voz do narrador, libertando o romance dos seus constrangimentos moralistas e hipócritas (outra das virtudes que lhe encontro), exprime bem uma visão da natureza humana que não se prende nunca a um olhar estereotipado, ainda que vários personagens sejam, eles próprios, pela sua natureza intrínseca, estereótipos da nossa sociedade (o machista, a/o interesseiro, a bela fútil, etc.).  
Nada aqui é deixado ao acaso e também não o será a abertura do capítulo intitulado “La Donna è Mobile”, onde se descreve o modo como Amaro Fróis tem na ária do terceiro acto da ópera de Verdi, Rigoletto, o seu tema musical predilecto. Amaro Fróis,  o reputado e cínico médico de cirurgia plástica, que nos relembra vagamente algumas patéticas (e bem reais) figuras do Jet Set de irrepreensível recorte, é uma personificação nada escrupulosa, um D. Juan pós-moderno, ocultando os mais obscuros segredos, que se revelarão apenas no final.
Outro título, igualmente revelador e que marca o compasso desta obra é “A máscara do sedutor”.  D. Juan, sabemo-lo, não ama as mulheres, mas apenas se adora a si mesmo, usando os seres que seduz com a finalidade de satisfazer a sua insaciável fome de poder e de luxúria. É verdade que estes seres são galantes e atraentes, mas tais atributos não passam apenas de uma máscara usada para enredar as vítimas. E o donjuanismo, temática literária tão vasta, não é nem nunca será um tema ultrapassado, dado que a estrutura das relações de poder no amor se mantêm inalteráveis na história da humanidade. Não é em vão que a autora invoca detalhadamente o pensamento de Kierkegaard, sobre o qual a sobrinha de Lúcia, Manuela, fará a sua tese de doutoramento, também essa uma luta simbólica contra o don juanismo. D. Juan coloca questões filosóficas de vasto e denso alcance, como a hybris (ainda que de uma foma mais implícita), já que o sedutor se julga acima do comum mortal, desafiando, transgredindo as leis a que o respeito e o amor obrigam. Por vezes, e aqui se encontra também o caso, a sua forma é maquiavélica, na forma como instrumentaliza o Outro e o reduz à ínfima condição, destituindo-o do seu amor-próprio e da sua dignidade. Não é aleatório que Teresa Martins Marques relembre a obra-prima da literatura desse género que é Les Liaison Dangereuses, do escritor francês Pierre Choderlos de Laclos, evocando a diabólica figura que era o Visconde de Valmont. Amaro Fróis é mortífero como o foi Valmont, mas também morre pelo seu próprio veneno.
Não se trata aqui de um ensaio académico e desengane-se o leitor que vem à procura de explicações ensaísticas, psicanalíticas e literárias – ainda que as haja. É, antes, um romance político, no melhor sentido que a palavra pode ter, melhor dizendo, numa vertente ética. Sara é a personagem central, mas torna-se difícil, aqui, identificar uma heroína principal, pois, ao longo da obra, encontramos várias mulheres de inabaláveis e irreversíveis convicções. Tome-se como exemplo Lúcia, a psicóloga, ou ainda as mulheres que vivem na casa da Caparica, refúgio da APAV, lugar onde a solidariedade se transforma na grande fonte da sua coragem.
Talvez a academia não se sinta à-vontade com o género (o folhetim) e com o modo como o livro se foi consolidando, num diálogo aberto com os leitores da autora no facebook,. A acompanhar esse diálogo, Teresa Martins Marques procedeu a rigorosas investigações, sem negligenciar a importância do tema. A forma como a autora subverte a mais controversa das formas de comunicação, conferindo-lhe uma eficácia notável, para escrever o romance, é também uma “revisitação” moderna do feuilleton, esse género híbrido entre a prosa e a narrativa criado no início do século XIX e que constituía um registo do quotidiano. Ainda que visto como um género menor pela crítica literária da época, grandes autores da literatura clássica como Charles Dickens, Eugène Sue, Alexandre Dumas Filho, Gustave Flaubert, entre muitos outros, não foram indiferentes ao poder cativante do folhetim e cultivaram-no de forma prolífica.
O dispositivo narrativo que é aqui usado, no romance, intercala tempos diferentes, não se processando como uma narrativa linear, mas sim de uma forma em que os capítulos intercalam a acção presente com acontecimentos do passado. Esta estrutura vai-se mostrando, capítulo a capítulo, guiando o leitor, iluminando, mas sem lhe facilitar o caminho, pois o final eclode como uma verdadeira surpresa. Em A Mulher que Venceu D. Juan, todos os seus elementos - a história, os acontecimentos aparentemente dispersos - se vão concatenando até ao seu desfecho. Do mesmo modo que os capítulos nos revelam o ponto de vista de cada personagem, contribuindo para a sua densidade psicológica, também não existem acontecimentos gratuitos ou personagens à deriva e, mesmo os que nos parecem alheios, revelam-se como peças fundamentais do romance. E a verosimilhança das personagens encontra o seu correlato na dos acontecimentos e dos próprios lugares em que a acção decorre.
Por vezes, o tom da narradora é satírico e bastante mordaz, nomeadamente nos momentos em que desmascara os propósitos e as duplas intenções de algumas personagens que exercem com frieza e precisão o seu poder. Mas é sobretudo um olhar que predomina, ora neutro, ora comovido, pelas personagens. Porque essas mulheres simples que habitam a casa da Caparica, lugar onde se escondem dos seus carrascos, são seres absolutamente admiráveis, pelo modo como se entregam à protecção umas das outras, ainda que sejam, todas elas, indefesas. Um acordo tácito, um reconhecimento e a gratidão pela mulher que as tenta salvar, a psicóloga Lúcia, eis o que constitui a vibração mais intensa e comovente desta obra.  Permanece sempre, ao longo dela, um traço de luz irradiante que a percorre, desde o seu início. É nessa humanidade (e não falo aqui de santidade), escoando-se nos veios das palavras de Lúcia, de Sara, de Luís, que o olhar da autora se detém, inquieta e em busca de um sentido, de uma redenção possível. Há um nome que se escreve/inscreve nos intervalos e nos silêncios, nas entrelinhas do que é dito, um nome que se acende, mesmo na mais escura das noites. Ele escreve-se, antes de mais, no olhar da autora, comovido, fundindo-se com as suas personagens. O tempo tudo aquieta, parece dizer Teresa Martins Marques (e isso é sobretudo visível no final), mas, para que o tempo nasça de novo, é necessário desfazer-se do passado e do medo. A mulher que venceu D. Juan não é apenas Sara nem Lúcia, mas sim todas aquelas que cerraram um dia os punhos e olharam o medo de frente. É disso que se trata: olhar o medo de frente e despedirmo-nos do que nos dói, incluindo as máscaras.

Maria João Cantinho

Recensão publicada na revista Colóquio / Letras, nº 187 Setembro- Dezembro de 2014, pp.245-248.

Maria João Cantinho

Maria João Cantinho
Maria João Cantinho nasceu em Lisboa, em 1963. Passou a infância em África, regressando a Portugal após o 25 de Abril. Estudou Filosofia na Universidade Nova de Lisboa, onde realizou também mestrado e doutoramento, centrando-se na obra do filósofo Walter Benjamin. É professora efectiva do Secundário desde 1990 e Professora Auxiliar no Iade (Creative University of Lisbon) desde 2011, na área de Estética e História da Fotografia. É membro integrado do Centro de Filosofia de Lisboa (FLUL) e do Centre d’Études Juives (Sorbonne, IV). Membro do conselho editorial da revista GEWEBE (Núcleo de Estudos Benjaminianos, Brasil). É também sócia e membro da Direcção do Pen Clube Português e da A.P.E. (Associação Portuguesa de Escritores).

22/09/2014

A Mulher que Venceu Don Juan nas Faculdades Integradas Rio Branco

Escritora portuguesa divulga nova obra nas Faculdades Integradas Rio Branco

No dia 12 de setembro, as Faculdades Integradas Rio Branco tiveram a honra de receber a professora e pesquisadora da Faculdade de Letras de Lisboa, Teresa Martins, que acaba de lançar seu mais novo livro ‘' A mulher que venceu Dom Juan''.
O evento contou com a presença da coordenadora do curso de Pedagogia, Fabiana Malandrino, do professor Humberto Aragão, do professor Francisco Maciel Silveira, da Universidade de São Paulo, e do professor Ernesto Rodrigues, da Faculdade de Letras de Lisboa.
A autora falou sobre seu livro, que destaca o abuso nos relacionamentos, sejam eles causados por homens ou mulheres.

Teresa Martins nas Faculdades Rio Branco
Teresa Martins destacou que o livro teve participação direta de seus leitores, já que a autora publicava, a cada semana, um capítulo do livro na sua fan page no Facebook, recebendo de seus leitores comentários que traziam ideias e indagações sobre a obra.
A convidada finalizou a palestra respondendo perguntas dos participantes e ressaltando a ideia principal do seu livro, que é o combate à violência nos relacionamentos.


Fonte:  http://www.riobrancofac.edu.br/site/Acontece/Leitor.aspx?id=1951#sthash.MLcA7YjF.dpuf

A Mulher que Venceu Don Juan e a Revista Colóquio/Letras, editada pela Fundação Calouste Gulbenkian.


Já está prestes a sair o número 187 da Revista Colóquio/Letras, editada pela Fundação Calouste Gulbenkian. Além de ensaios sobre o escritor Rui Nunes e sobre Agustina Bessa-Luís, sairão também recensões críticas aos livros de poesia de Luis Castro Mendes, "A Misericórdia dos Mercados", de Luís Quintais, "O Vidro", de Ana Ana Luisa Amaral, "O Escuro", entre muitos outros artigos. Também aparece neste número uma recnsão minha ao livro de Teresa Martins Marques, "A Mulher que venceu D.Juan", que está a conquistar os leitores brasileiros.



Retirado da página do Facebook de Maria Jõao Cantinho

Os Lusíadas e A Mulher que Venceu Don Juan, por Jorge Fernandes da Silveira

Teresa Martins Marques e
Jorge Fernandes da Silveira
Querida Teresa,
Se ainda lecionasse na Graduação de Letras - estou no primeiro ano da aposentadoria compulsória -, proporia à minha turma de Literatura Portuguesa IV a seguinte questão:
Lidos e discutidos em classe Os Lusíadas e A Mulher que Venceu Don Juan, compare os epílogos do episódio de Inês de Castro (contextualizando-o no Poema) e o do romance, em que os nomes das personagens femininas (incluindo o da Autora) têm valor na herança cultural da "gênese do amor". Considere a temática amorosa, ou melhor, o discurso amoroso, as relações entre homem e mulher, segundo os seus papéis na tradição da lírica clássica e na poética contemporânea. Leiam-se os exemplos:

As filhas do Mondego a morte escura
Longo tempo chorando memoraram,
E, por memória eterna, em fonte pura
As lágrimas choradas transformaram.
O nome lhe puseram, que inda dura,
Dos amores de Inês, que ali passaram.
Vede que fresca fonte rega as flores,
Que lágrimas são a água e o nome Amores.
(Lus, III, 135)


Beatriz, médica devotada aos seus doentes, e às causas sociais, morreu sem realizar esse desejo. Já muito doente, pediu a Laura, sua filha, que o fizesse por ela. Professora de Filosofia no vetusto Liceu Camões, recebeu esta herança e quer honrá-la. Laura é a sobrevivente de uma família em que duas mulheres, pela primeira vez, ao longo de muitas gerações, elegeram a solidariedade e o estudo como valores maiores.
(Teresa Martins Marques, A Mulher que Venceu Don Juan, 2013, p. 323)

P.S. a interessantíssima coincidência (já agora coexistência) entre os nomes da Autora e o da "mãe de reis e avó de impérios", em quem o "sensual era maior", é já outra questão; outra de igual interesse é a tensão herança/vingança tendo como protagonistas Inês e Pedro.

Beijo do teu
Jorge

(Jorge Fernandes da Silveira)

jfdsilveira
Currículo Lattes - Busca Textual - Visualização do Currículo

Dados gerais Formação Atuação Produções Educação e Popularização de C & T Eventos Orientações Bancas +
Jorge Fernandes da Silveira
Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq - Nível 1A
•             Endereço para acessar este CV: http://lattes.cnpq.br/1378424896505459
•             Última atualização do currículo em 22/09/2014________________________________________
possui graduação em Português e Literaturas de Língua Portuguesa pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1969), mestrado em Letras pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (1974) e doutorado em Letras (Letras Vernáculas) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1982). Atualmente é professor titular da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Literatura Portuguesa, atuando principalmente nos seguintes temas: literatura portuguesa, poesia, literatura, cultura e poetas portugueses. (Texto informado pelo autor) 
Identificação
________________________________________
Nome
Jorge Fernandes da Silveira
Nome em citações bibliográficas
SILVEIRA, J. F.

Endereço
________________________________________
Endereço Profissional
Universidade Federal do Rio de Janeiro, Faculdade de Letras, Departamento de Letras Vernáculas.
AV.BRIGADEIRO TROMPOWSKI S/N
ILHA DO FUNDÃO
21941-590 - Rio de Janeiro, RJ - Brasil
Telefone: (21) 25989745

Formação acadêmica/titulação
________________________________________
1976 - 1982
Doutorado em Letras (Letras Vernáculas) (Conceito CAPES 5).
Universidade Federal do Rio de Janeiro, UFRJ, Brasil.
Título: Portugal, maio de Poesia 61, Ano de obtenção: 1982.
Orientador:  Cleonice Serôa da Motta Berardinelli.
Palavras-chave: Poetas Portugueses; Recepção Poesia; Critica e interpretação.
Grande área: Lingüística, Letras e Artes / Área: Letras / Subárea: Literatura Portuguesa.
Setores de atividade: Educação.
1970 - 1974
Mestrado em Letras (Conceito CAPES 5).
Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, PUC-Rio, Brasil.
Título: O inscrito e o escrito: Uma leitura da poesia de Fiama Hasse Pais Brandão.,Ano de Obtenção: 1974.
Orientador: Cleonice Serôa da Motta Berardinelli.
Palavras-chave: Poetas Portugueses.
Grande área: Lingüística, Letras e Artes / Área: Letras / Subárea: Literatura Portuguesa.
Setores de atividade: Educação.
1966 - 1969
Graduação em Português e Literaturas de Língua Portuguesa.
Universidade Federal do Rio de Janeiro, UFRJ, Brasil.

Pós-doutorado
________________________________________
1988 - 1989

BRASIL (1) - UM FIM DE TARDE PARA MIM INESQUECÍVEL, por Teresa Martins Marques

BRASIL (1)
 UM FIM DE TARDE PARA MIM INESQUECÍVEL
(12 de Setembro de 2014)
Por Teresa Martins Marques
I
DA EXCELÊNCIA DAS PESSOAS E DA INSTITUIÇÃO

  Durante o nosso périplo brasileiro, na curta passagem por São Paulo, fui convidada pelo Prof. Dr. Humberto Lima de Aragão Filho para fazer uma palestra sobre violência doméstica, a partir do meu romance A Mulher que Venceu Don Juan. (Âncora Editora, 2013) O público alvo muito simpático e caloroso era constituído por alunos  de Direito, Pedagogia, Comunicação Social e Gestão Comercial, das Faculdades Integradas Rio Branco, uma organização sem fins lucrativos, criada por associados do Rotary Club de São Paulo, em 1946. Uma instituição de referência: as salas de aula e o auditório excelentemente equipados; a vasta biblioteca de consulta livre, ao estilo das melhores da Europa e dos EUA, cuidada  pela sua coordenadora Drª Alice K. Matsumoto, como santuário dos livros. Depois do passeio pela aprazível alameda interior, com um belo espelho de água e  vegetação luxuriante, aguardava-nos um belo cocktail de recepção. É bom ser professor ou aluno neste espaço paradisíaco. É igualmente muito bom ser visitante!

  O convite que nos fora feito obtivera o apoio das seguintes personalidades, a quem agradeço penhorada: Prof. Dr. Edman Altheman, Director Geral das Faculdades Integradas Rio Branco; Prof. Dr. Alexandre Uehara, Director Académico; Prof. Dr. Paulo Sérgio Feuz, Coordenador do Curso de Direito; Prof.ª Fabiana Malandrino, Coordenadora do Curso de Pedagogia;  Prof.as Ivana  Ribeiro e Virgínia Maria Antunes de Jesus, que deram sustentação ao propósito de realizar este  evento.
   O Prof. Dr. Humberto Lima de Aragão Filho iniciou a vida académica na Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais e viria a frequentar mais tarde o Seminário Teológico Presbiteriano de Campinas, onde se tornou bacharel em Teologia. Seguidamente, cursou Filosofia na Universidade de Mogi das Cruzes e graduou-se em Letras pela Universidade de São Paulo, onde obteve os graus de mestre e doutor com a tese intitulada “A intencionalidade do tríptico de Lisboa”, na obra de José Rodrigues Miguéis. Actualmente é professor dos cursos de Direito, Relações Internacionais e Comunicação Social nas Faculdades Integradas Rio Branco, em São Paulo e professor convidado da Escola Paulista da Magistratura (EPM).
A Profª Virginia Maria Antunes de Jesus é mestre e doutora em Letras (Literatura Portuguesa) pela Universidade de São Paulo, com uma tese sobre  «Miguel Rovisco - O Teatro da História». Pós-graduada em Teoria Literária: Comunicação e Semiótica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, possui graduação em Pedagogia  e em Letras Português, Francês e Italiano  pela Universidade de São Paulo. É professora na graduação e nos cursos de MBA das Faculdades Integradas Rio Branco e na pós-graduação em Bioética e Pastoral da Saúde do Centro Universitário São Camilo. Integra o NCE/ECA-USP como tutora e orientadora de trabalhos de conclusão de curso do projeto Mídias na Educação do MEC/SP, em projectos de educação à distância e  na área de Metodologia da Pesquisa Científica e Letras, com ênfase em Línguas e Literatura Brasileira, Portuguesa, Francesa e Italiana. É consultora associada da WellCom - comunicação sem fronteiras, empresa de consultoria empresarial multilíngue e desenvolvimento cultural.
A Profª Ivana Maria Ribeiro possui graduação em Serviço Social, Licenciatura em Filosofia e Mestrado em Educação  pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Professora das Faculdades Integradas Rio Branco nos cursos de Pedagogia, Administração de Empresas, Análise de Sistemas e Economia. Na modalidade de EAD actua nos cursos de Administração, Comunicação Social, Direito e Relações Internacionais. Membro do Conselho Editorial da Revista Electrónica “Acolhendo a Alfabetização nos Países de Língua Portuguesa”, da Faculdade de Educação da USP. Directora académica do Yázigi Internexus em Itu/SP (2005-2009). Directora do Movimento Paulo Freire/SP (1998-2000). Membro da Cátedra Paulo Freire da PUC/SP (1998-2006). Educadora Social do Núcleo do Trabalhos Comunitários da PUC/SP (1996-1999). Educadora Social do Instituto Paulo Freire Brasil (1999-2000). Apaixonada por música, fotografia e poesia colecciona os seus trabalhos no “Baú dos Pensares”.

II

DA AMIZADE

02/09/2014

Teresa Martins Marques viaja com "A Mulher que Venceu Don Juan"

Teresa Martins Marques viaja com "A Mulher que Venceu Don Juan" até ao Brasil! A autora falará sobre a obra nas seguintes datas e locais:
- 3 de Setembro, 15:30 horas, Real Gabinete Português de Leitura do Rio de Janeiro;
- 9 de Setembro, 19:30 horas, UNESP, Assis;
- 12 de Setembro, 20:00 horas, Faculdades Integradas Rio Branco, São Paulo.

Fonte: Âncora Editora