30/10/2014

“A Mulher Que Venceu Don Juan” - DIE FRAU, DIE DON JUAN BESIEGTE, por Ana Diogo

A Mulher Que Venceu Don Juan
DIE FRAU, DIE DON JUAN BESIEGTE

Im Andenken an meine Eltern

LA DONNA È MOBILE
Heimweh habe ich nur nach dem Meer. Nach dem Blick von der Foz1 auf das Meer. So sehr mir mein Verstand sagt, der Atlantik sei überall derselbe, empfinde ich den, den ich hier von meinem Fenster in Monte da Caparica2 aus sehe, als fremd. Die Foz war etwas anderes.
Die Foz war etwas anderes vom neuen Haus aus betrachtet, das im letzten Jahr meine Tage völlig mit Streifzügen durch Geschäfte ausgefüllt hat, auf der Suche nach genau dem richtigen Schmuckgegenstand für die passgenaue Nische. Egal, wie weit ich laufen und mich anstrengen würde, nie würde ich je durch meine Wahl Amaros Geschmack treffen. Wunderschön, aber ...  Er, und nur er allein wusste zu wählen. Oder jedenfalls glaubte er das. Nichts als das, was er durch die Präzisionsarbeit der Hände eines plastischen Chirurgen zustande brachte, galt als perfekt.
Seit je habe ich eine Vorliebe fürs Detail gehabt, vielleicht, um dem Wesentlichen zu entkommen, dem, was mich eigentlich beunruhigt. Ich habe schon immer Ablenkung gebraucht, jeder schafft sich auf seine Weise Erleichterung. In Moment denke ich an meine Balkonpflanzen, trocken, aus Mangel an meinen Gesprächen mit ihnen verdorrt. Ich vermisse den Balkon. Nicht unbedingt das große Haus, in dem ich mich verlor, steril und weiß, zum Sterben schön, wie Becas sagte, schön, darin zu sterben sagte ich, eines langsamen Todes, ohne Hoffnung auf Lebensveränderung. Sie konnte mich nicht verstehen. Ich konnte mich nicht verständlich ma­chen.

1Foz - Flussmündung des Douro in Porto
2Monte da Caparica – Klein­stadt in der Nähe von Lissabon

Synopse:
Im Roman Die Frau, die Don Juan besiegte dreht sich die Handlung um drei Personen, jede auf ihre Art ein Don Juan. Der plastische Chirurg Amaro Fróis versucht, sich an Frauen für seine dunkle Vergangenheit zu rächen; Manaças, ein Schürzenjäger (serial lover), verdrängt eine verbotene Leidenschaft; Joana sammelt die Liebhaber ihrer Freundinnen. Die drei werden besiegt: der erste von einer Frau, die er unterschätzt hat; der zweite durch das wahre Lustobjekt seiner Verdrängung; die dritte von einer Ge­fan­ge­nen, deren Gefährten sie einst verführte.
Die Hauptfigur Sara Dornelas entgeht dem Tod, findet Liebe, und erfüllt sich durch ein Studium einen lang gehegten Traum. Zwei ausgelesene Persönlichkeiten, die Psychologin Lucia und Polizeikommissar Paulo, spielen eine entscheidende Rolle beim Aufdecken eines weitläufigen Netzwerkes und bei der Bestrafung der Verbrecher, die durch eine ihnen nicht bekannte Blutsverwandtschaft verbunden sind.
Von lebendigen Dialogen getragen, manche dramatisch, manche humorvoll, findet die Handlung an diversen Orten statt. Das Auftreten von wirklichen Personen in Interaktion mit fiktionalen Charakteren verstärkt den Eindruck von Wirklichkeit. Schließlich ist da noch Manuela, eine junge Doktorandin und Doña Juanas Kusine, die in Kopenhagen eine Doktorarbeit über Kierkegaards Tagebuch des Verführers schreibt und erfolgreich verteidigt. Durch diese werden auf theoretischer Ebene die Verflechtungen von Liebesbedürfnissen in der Handlung verdoppelt und bis zur letzten Seite des Romans eine Atmosphäre voller Spannung geschaffen.


22/10/2014

UM MARCO NA LITERATURA PORTUGUESA, por Humberto Lima de Aragão Filho

“A Mulher que Venceu Don Juan” é um marco para a Literatura Portuguesa Contemporânea. Linguagem fluente, narrativa empolgante e vigorosa, Teresa Martins Marques, ao escrevê-lo, expõe o drama universal vivido pelas mulheres, vítimas da prepotência e da violência masculinas.O romance mescla realidade e ficção, cumprindo um importante papel ao trazer para a literatura a denúncia de uma problemática social estarrecedora. Diante da inexistência de um clamor contra os maus-tratos sofridos pelas mulheres ou mesmo quando as vozes são impedidas de contestá-los, as palavras escritas em “A Mulher que Venceu Don Juan”, substituindo-as, gritam por elas.

Humberto Lima de Aragão Filho
Faculdades Integradas de Rio Branco
Inicia a vida acadêmica na Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais. Deixa o curso de Direito para estudar no Seminário Teológico Presbiteriano de Campinas, onde se torna Bacharel em Teologia. Em seguida, cursa Filosofia na Universidade de Mogi das Cruzes. Em 1991, gradua-se em Letras pela Universidade de São Paulo, onde obtém, posteriormente, os graus de Mestre e Doutor. Sua tese de doutoramento, intitulada
A intencionalidade do tríptico de Lisboa, versa sobre a obra do escritor José Rodrigues Miguéis. Participa como conferencista (ao lado de José Saramago, Dr. Mário Soares e Dra. Teresa Martins Marques, dentre outros) do Colóquio Internacional comemorativo ao centenário de nascimento de José Rodrigues Miguéis, no Padrão dos Descobrimentos, em 2001. Possui ensaios publicados pela revista Mestrado em Direito – do Centro Universitário Fieo – Osasco, São Paulo, pela Gávea-Brown – A Bilingual Journal of Portuguese-American Letters and Studies– da Brown University, Providence, RI, e pela Videre Futura – revista das Faculdades Integradas Rio Branco. Escreveu o prefácio do livro Análise de Sistemas Orientada ao Sucesso (Rio de Janeiro: Ciência Moderna, 2005).
Atualmente, é professor dos cursos de Direito, Relações Internacionais, Comunicação Social, Design e EAD das Faculdades Integradas Rio Branco. Professor Convidado da Escola Paulista da Magistratura (EPM). Prefaciou e organizou o volume crítico Um exílio chamado saudade: antologia sobre José Rodrigues Miguéis (São Paulo, Editora Intermeios, 2014) reunindo ensaios de Massaud Moisés, Adolfo Casais Monteiro, João Alves das Neves, Cassiano Nunes, Jorge de Sena, Georges da Costa, Onésimo Teotónio Almeida e Teresa Martins Marques.

16/10/2014

Recepção Crítica de A MULHER QUE VENCEU DON JUAN

"O que me faz falar deste romance é sobretudo a forma como foi escrito e, sobretudo, como essa forma o tornou actual e lhe conferiu, sem mais, um dos principais objectivos de qualquer romance, conto, novela, poema ou simples crónica: atrair e chegar aos leitores!"
José Mário Leite

"Um livro para todas as mulheres e todos os homens esclarecidos. Ou, quem sabe, os ajude a esclarecer."
Virgílio Gomes

"Teresa Martins Marques sabe contar a história, e sabe recontá-la a partir de um ponto de vista vigorosamente novo. "
Julieta Monginho

"... a Teresa põe o dedo na ferida, com a precisão de um bisturi e a amplitude de uma cultura que não permite a concessão ao lugar comum."
Isabel Cristina Rodrigues

"Um outro tema também abordado e que tem uma particular importância nas sociedades actuais é o da tirania exercida pelos filhos sobre os seus progenitores..."
Maria Carlos Lino de Sena Aldeia

“Adorei a narrativa, a forma de escrever, o colocar cenários e pessoas reais....é um livro magnífico.”
Manuel

“Pela forma como sente o que escreve ( porque só pode escrever assim, quem sente ).
por nos transportar para universos tão distantes e tão próximos, com nomes tão diferentes e vivências tão semelhantes.
Confessei à Anabela também, logo no final do segundo capítulo, que este livro mudou a minha vida.”
Helena, uma leitora de «A MULHER QUE VENCEU DON JUAN»

“Não posso deixar de dizer algo que me é muito querido: é um folhetim que trata o mirandês com o respeito devido a uma língua milenar e ao povo que a fala, que o divulga e dá a conhecer, o que é a primeira vez que acontece numa obra literária.”
Amadeu Ferreira .Comentário no Facebook

"... o livro lê-se num ápice, porque as trezentas e vinte e quatro páginas estão recheadas de peripécias múltiplas, onde a par da narrativa principal, outras narrativas se vão encaixando, sem nunca perder de vista o tema central da obra, ou seja, a violência doméstica."
Manuel da Mata

"O livro que Teresa Martins Marques acaba de publicar, A Mulher que Venceu Don Juan, é um empolgante romance, que se revê, folgadamente, no protocolo do “roman-feuilleton”, que fez fortuna em meados do século XIX."
"Teresa Martins Marques disseca, com mão experta de romancista, de ensaísta e de psicóloga, este tipo de personagem ambíguo e devorador (inseguro) que é o coleccionador de conquistas femininas (ou masculinas). "
Eugénio Lisboa

"A trama é muito forte, a urdidura impecável, e a construção das personagens muito definida e concreta .  O leitor fica agarrado desde o início."
Júlia Ribeiro

"Teresa Martins Marques conseguiu trazer à vida, através da tecnologia moderna, um Don Juan que conseguiu adaptar-se ao nosso século..."
Alexandru Gabriel Streinu

No meio de tanta literatura pós-moderna que não se preocupa com a  ética, tiro-lhe o chapéu. Não venceu só o Don Juan, venceu os cobardolas.
Onésimo Teotónio Almeida

"Laura é a sobrevivente de uma família em que duas mulheres, pela primeira vez, ao longo de muitas gerações, elegeram a solidariedade e o estudo como valores maiores."
Jorge Fernandes da Silveira

"Teresa Martins Marques, traça percursos de escrita, de vidas, de histórias, de textos literários, filosóficos, de sentimentos e olhares que se encontram, obliquamente, e que fazem sentido, todos eles raios conduzidos a um lugar."
Luísa Marinho Antunes

"Como boa romancista, Teresa Martins Marques envolveu as duas ideias de Amor e Luxúria numa teia social escandalosa real - a violência doméstica -, fazendo-as encarnar em personagens verosímeis e realistas."
Miguel Real

 "Este é um romance especial por várias razões, sobretudo pela sua qualidade formal e temática abrangente e actualizadíssima...
Vamberto Freitas

 A Mulher que Venceu Don Juan é um romance que do começo até ao fim engaja a curiosidade e a atenção do leitor. Um page turner, como se diz lá por onde moro.
Leonor Simas-Almeida

"Uma cativante  aventura pelos caminhos da Filosofia, Literatura e Psicologia, evidenciando um imenso conhecimento literário, cultural e histórico, numa linguagem rigorosa e atrativa, que nos prende e suspende às suas páginas, na ânsia da compreensão do desenlace final."
Mª Idalina Alves de Brito

"Um romance arrebatador que retrata uma hedionda realidade social.
Incidindo sobre uma temática extremamente actual e dramática, o romance de Teresa Martins Marques é uma obra envolvente pelo seu assombroso realismo e conteúdo pungente…"
Ana Diogo

"Um livro abrangente que versa toda a espécie de violência, não esquecendo a violência dos filhos em relação aos pais. A nossa geração quis dar o melhor aos filhos, sonhámos grandes sonhos para eles, foram criados como "reizinhos" e agora?"
Helena Martins Marques Faria

Gostei demais da resenha crítica de Maria João Cantinho. Sabe bem que sua obra é uma versão surpreendente e inovadora na tradição literária donjuanesca!
Maira Angélica Pandolfi

"Gostava ainda de salientar o quanto apreciei toda a informação que conseguiu incluir na história, por ex., sobre Tavira, Moncorvo, Lisboa, o teatro da prisão, o padre da música, etc., etc."
Maria van der Bent

"A primeira leitura, de um fôlego, por ansiar conhecer o desfecho do enredo, deu lugar a outra demorada, cuidada, reflectida. De novo me “agarraram” o tema central, os vários outros temas que se entrelaçam, a qualidade literária, a trama engenhosa que nos “prende” desde as primeiras páginas, o humor e a fina ironia, a erudição que não enfastia, a informação que nos abre caminhos, o carácter pedagógico de certas passagens."
Odete Brito

E o Dr. Fróis, personagem em Panamera transportado, é bem o mau exemplo desta sociedade ambivalente de " antes parecer que ser". ...Muitos dos nossos banqueiros , e outros especuladores encartados do tipo Madoff, bem precisariam de ler a " Mulher que Venceu D. Juan "
Artur Salgado

"Apreciei as figuras de mulheres que criou, com especial carinho para a Sara/ Esmeralda e a Lúcia."
Ilda Figueiredo

"A mulher que venceu D. Juan não é apenas Sara nem Lúcia, mas sim todas aquelas que cerraram um dia os punhos e olharam o medo de frente."

Maria João Cantinho

09/10/2014

Diálogo de Maria van der Bent com a Autora

Diálogo da Autora com Maria van der Bent, em 18 de Maio de 2013
(após a publicação do último episódio do romance na forma folhetim)

Maria van der Bent: Teresa, Um último episódio muito doce ("onde repetiram muitas vezes o que aprenderam um com o outro..." - que bonito!) e nostálgico, culminando na carta, com o jantar do Guincho em jeito de "comic relief". No final, deu-me uma tristeza, que nem imagina! São muitos meses deste encontro semanal...Exactamente na semana passada disse-me que gostaria de saber o que eu achava sobre o destino que tinha arranjado para o Manaças e qual a apreciação geral. Quanto ao Manaças, o "castigo" (está entre aspas, porque, em si, não é uma coisa má um homem apaixonar-se por outro) de que me lembrei logo no início foi realmente este, pois que maior ironia do destino para um machista engatatão do que apaixonar-se a sério e ainda por cima por um homem? Relativamente à apreciação, não sei escrever aquelas coisas como faz o Ernesto, por isso digo apenas que gostei muito das "mensagens", ou seja gostei e identifico-me com a água que a Teresa pretendeu - e conseguiu magnificamente - levar ao seu moinho. Gostava ainda de salientar o quanto apreciei toda a informação que conseguiu incluir na história, por ex., sobre Tavira, Moncorvo, Lisboa, o teatro da prisão, o padre da música, etc., etc., assim como todos os detalhes minuciosos, como nomes de ruas - por acaso, embora não seja do Porto, sabia a fama da Santos Pousada:) - nomes de lojas, descrições de edifícios, enfim, a Teresa sabe tanto de tanta coisa! Por tudo, muito obrigada e o maior sucesso para o livro. Com mil beijinhos.
18/5 às 18:02

Teresa Martins Marques:  Querida Maria van der Bent Nem sei por onde começar a agradecer-lhe! É claro que desde o princípio percebi que percebeu a minha ideia final para o Manaças. E agradeço-lhe ter-mo feito saber sem desvendar a história. Quanto à tristeza, eu também a senti. Chama-se síndrome do ninho vazio (como bem lembrou a Margarida Cascarejo que também é sibila....) Posso mesmo dizer que escrevi o final em lágrimas. Quem é que disse que a emoção não faz parte do texto? Eu não! Vamos fazer os "episódios finais" na Faculdade e no lançamento do livro. O meu editor vai ser sensível aos vossos comentários, tenho a certeza! O Ernesto Sábato disse que "as ficções salvam os que as escrevem e os que as lêem." Por evidente processo de identificação. Por isso procurei elementos para que um maior número de leitores se pudessem identificar com a história. Meter nela os leitores e outras pessoas que eu conheço foi uma dessas formas de identificação. Quando as leitoras do folhetim do século XIX choravam com as heroínas era apenas porque a vida delas poderia ser a sua. Esta história é a que foi ou poderia ter sido passada com pessoas que eu conheço, a começar por mim. Daí que tente cumprir aquele princípio da autenticidade que os presencistas defendiam e Régio em particular e que ficou escrito no nº 1 da revista Presença- o conceito de literatura viva. Agora vou seleccionar extractos dos vossos comentários, e será mais uma forma de os leitores participarem no Colóquio do dia 16/ 17 de Julho. É claro que gostaria imenso de os ver lá pessoalmente! Um grande beijo.
18/5 às 18:24

Maria van der Bent: Teresa, Compreendo perfeitamente as suas lágrimas. Como sabe, eu identifiquei-me muito com vários dos seus pontos de vista, como, por ex., o facto de que a tão louvada incondicionalidade do amor (conjugal/parental), em certas circunstâncias, não é mais do que puro masoquismo, a desmitificação de certas figuras do jet-set, aparentemente muito "finas", que pululam pelas capas de um certo tipo de revistas, mas que no fundo são ocas e hipócritas (as falsas amigas da Sara, no enterro do Amaro), quando não mesmo completamente depravadas (o dito). A estas a Teresa contrapôs várias pessoas simples, mas de bons sentimentos, aliás, acho que uma das ideias importantes da história é este reconhecimento do valor de pessoas como as companheiras de Sara ou o Joaquim, por exemplo, versus os tais falsos ídolos que de fineza afinal não têm nada. Ainda muito importante é o seu plaidoyer por uma educação sólida, mesmo tardia como no caso da Sara, mais uma vez versus a ignorância e futilidade de uma certa classe dita alta que é de uma enorme pobreza intelectual. Não sei o que é que os alunos do 12º ano lêem actualmente, mas acho que este seu livro, tão rico de ideias e de informação, poderia ser um óptimo ponto de partida para várias discussões nas aulas. Quem sabe, não virá a acontecer?

AUTO-APRESENTAÇÃO DE MARIA VAN DER BENT
Nasci em Lisboa na Associação dos Empregados do Comércio, no Largo do Caldas, perto de onde é hoje a sede do CDS.
Cresci até à 4ª classe na zona da Casa da Comédia/Janelas Verdes.
Devido a mudança de casa, fiz o liceu todo no antigo Liceu Nacional de Oeiras do qual tenho as melhores recordações, tanto ao nível de colegas, com alguns dos quais ainda mantenho contacto estreito, como de professores, com realce para o professor de História da Literatura Portuguesa do 6º e 7º anos, Manuel Tavares (o Zé Jorge Letria foi meu colega de turma e sei que ele tem também. um carinho muito especial por este professor, infelizmente já falecido há bastantes anos).
Em 1968/69 entrei para a Faculdade de Direito, mas não gostei e sempre que podia ia assistir às aulas de uma amiga do liceu, na Faculdade de Letras.
Pensei mudar de curso, mas os meus pais acharam que era uma pena e acabei por continuar até ao 3º ano (fui colega de turma do mesmo Zé Jorge, do Miguel Sousa Tavares, da Teresa Beleza, do Pedro Saraiva - filho do Prof. José Hermano Saraiva.
Nas férias de 1972 fui à Holanda, onde vivia um familiar, e resolvi lá ficar.Casei em 1973 e só voltei  a Portugal em 1974.
Em 11 de Setembro de 1976 tive um filho, nascido em Lisboa, a quem chamei Viktor, em homenagem ao cantor chileno Victor Jara, assassinado em 1973, na altura do golpe. 
 Em 1978 voltei para a Holanda e passei os anos 80 parte lá, parte cá, com várias idas e vindas. Até aos anos 90, sempre que estive em Portugal vivi na zona de Cascais/Estoril. 
 Nos anos 90 voltei praticamente a viver em Portugal a tempo inteiro, perto de Palmela.
Nessa altura, inscrevi-me, finalmente, na Faculdade de Letras, no curso de Línguas e Literaturas Modernas, vertente inglês/alemão.
Mais do que o curso em si , naquele momento, interessava-me aproveitar o facto  do curso ter como disciplina de opção - dois anos de língua neerlandesa, pois queria ter uma prova rápida dos meus conhecimentos de holandês, para trabalhar como tradutora . Fiz muitas, quase todas de tipo legal, como as directivas comunitárias que começavam a chegar de Bruxelas e documentos vários para advogados.
Assim que fiz essas cadeiras de neerlandês, por razões de tempo e logísticas, passei para a Universidade Aberta e foi na ESE de Setúbal que acabei por fazer os exames do resto das cadeiras do curso.
Seguidamente, trabalhei dois anos como professora de inglês na Escola da Quinta do Conde, 8º e 9º e 3º, 4º e 5º nocturno. 
 Em 2000 mudei-me para a Foz do Arelho e em 2011 para o Algarve.

Em 2005 comecei a trabalhar como tradutora e redactora para uma editora que publica material de apoio para contabilistas e gerentes de pequenas e médias empresas, nomeadamente uma revista quinzenal e livros técnicos sobre legislação vária. É isso que ainda continuo a fazer.

08/10/2014

Maira Angélica Pandolfi escreve sobre A Mulher que Venceu Don Juan

Maria João Cantinho escreve sobre Marques, Teresa Martins, A Mulher que venceu Don Juan, editora Âncora, 2013.
Comentário no Facebook à  Recensão publicada na revista Colóquio / Letras, nº 187 Setembro- Dezembro de 2014, pp.245-248.


  • Maira Pandolfi Gostei demais da resenha crítica....sabe bem que sua obra é uma versão surpreendente e inovadora na tradição literária donjuanesca!!!! Abração e saudades de você Teresa Martins Marques!!!!

Maira Angélica Pandolfi
 Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Assis. Faculdade de Ciências e Letras (FCL-ASSIS) (Instituição sede da última proposta de pesquisa)
País de origem: Brasil
4 Bolsas no país concluídas

Licenciada em Letras pela Faculdade de Ciências e Letras da Unesp de Assis (1997), Mestre em Letras pela Universidade Estadual Paulista - UNESP (2000) e Doutora em Letras pela Universidade Estadual Paulista - UNESP (2006). Realizou Estágio de Pesquisa na Universidad de Salamanca/Espanha(2013), estudando o Mito de Don Juan e sua representação nas literaturas de língua espanhola e na literatura brasileira. Atualmente é Professora Assistente Doutora na Faculdade de Ciências e Letras da Unesp de Assis (Departamento de Letras Modernas), atuando na Graduação e no programa de Pós-Graduação em Letras. Assumiu (2013) a Vice-Coordenação da Pós-Graduação em Letras da Unesp de Assis. É membro da Associação Brasileira de Hispanistas (ABH), do GT ANPOLL Vertentes do Insólito Ficcional e também de Grupos de Pesquisa Cadastrados no CNPq (Narrativas Estrangeiras Modernas, Vertentes do Fantástico na Literatura e Grupo de Estudos Bakhtinianos) Tem como área de investigação a Literatura Comparada, Mitos Literários, Romance Histórico, Literatura Fantástica e Policial, Cultura e Tradução Literária. (Fonte: Currículo Lattes)