Apresentação do livro em Moncorvo.Foto :Lb |
Ana
Diogo
Um
romance arrebatador que retrata uma hedionda realidade social
Incidindo
sobre uma temática extremamente actual e dramática, o romance de Teresa Martins
Marques é uma obra envolvente pelo seu assombroso realismo e conteúdo pungente…
Como leitora, senti-me constantemente seduzida, incapaz de pousar o livro até
ao final – não há um momento de cansaço, pelo contrário, o desejo e prazer de
ler crescem à medida que se avança na leitura, e que a trama, altamente emotiva
e cativante, se desenrola. É uma obra belíssima a todos os níveis e de
inquestionável qualidade literária. Permito-me felicitar a autora pela
excelência da escrita, pela audaz escolha de um tema tão polémico quanto
urgente, pela seriedade com que o trata, mas também pelo enorme empenhamento
cívico que a obra deixa transparecer. Nas palavras da personagem central -
"A violência é um polvo tentacular. Não raro, vem embrulhada em celofane
com o falso rótulo de amor." Recomendo vivamente!
(21.01.14)
Contar a Leitura
.
É isso, querida Ana. Temos de
saber ultrapassar os capítulos e os problemas. É preciso criar outros laços,
outros interesses, outras formas de viver. Cada instante. Enquanto formos
vivos. Um beijo, T.Voltei, querida Amiga. Tenho medo de estar a ser inconveniente com esta necessidade de lhe dar conta das minhas impressões à medida que vou lendo o seu livro. Não me leve a mal... Isto de conhecer a autora é complicado... Ontem disse-me "Temos de saber ultrapassar os capítulos" e entendi que devia preparar-me para maiores dores. Compreendo agora quando uma vez disse que chorou muito ao escrever este livro. Eu tenho chorado a lê-lo, não posso sequer imaginar como terá sido dolorosa a sua escrita! E agora que tive de ler e reler o capítulo. "Ciúme e Narcisismo", parece que levei eu uma tareia de morte! Eu, mera leitora... Resta-me a esperança que tenha servido também de algum alívio, de catarse, à autora, porque coragem, acho que precisou de muita, desmedida! Desculpe estar a importuná-la com as minhas reacções, um pouco infantis talvez, à leitura que vou fazendo, mas é muito forte o impacto! Penso que outras pessoas talvez também tenham reagido e não tem de responder se lhe custa. Vou acabá-lo hoje, não tenha dúvida, porque estou absolutamente rendida à forma magnífica como escreve! Mesmo que doa… E depois vou reler, com mais calma – para aprender muito consigo… Não há forma de lhe agradecer uma tal dádiva! Um beijinho, Teresa. Imenso. Com muita ternura.
Queridíssima Teresa
Como tencionava, terminei ontem a leitura do seu livro tão
extraordinário! E digo-o não só em termos da temática que aborda, mas da forma
primorosa como escreve. Como leitora senti-me constantemente seduzida, incapaz
de pousar o livro, verdadeiro magnete – não há um momento de cansaço, pelo
contrário, a apetência cresce à medida que se avança na leitura, dolorosa, sim,
pelo conteúdo tão pungente, mas de inquestionável qualidade literária! O livro
é belíssimo a todos os níveis, Teresa – só posso felicitá-la e regozijar-me
consigo!
Tinha dito que os capítulos finais seriam duros de roer – obrigada por me ter avisado.
São duros, muito mesmo, revelam meandros e podres da sociedade que nem se
imaginam… e como é atroz a história de Lúcia, essa mulher extraordinária, tão
generosa! Em contrapartida, o ‘Tango’ do Manaças é absolutamente delicioso,
hilariante!
E tem
razão – que consolo, que beleza a carta de Beatriz! Se todo o livro é uma
vigorosa tareia para o leitor, uma convocação do acordar para realidades tão
escondidas, tão negligenciadas…, esta carta, plena de
sensibilidade, de ternura, constitui um remate auspicioso, reabilitador da
crença no ser Humano…
Neste
momento estou embrenhada na 2ª leitura começada ontem já de madrugada,
inadiável. Vou recolhendo as inestimáveis informações e esclarecimentos de
âmbito literário (e não só!!) com que tão sábia e inteligentemente foi
enriquecendo a obra. E educando o leitor menos esclarecido… Mas vou também
observando com mais pormenor a forma admirável com que desfia este rol de
personagens intensas, complexas, humanas, para o bem e para o mal, dando-lhes
alma e dimensão psicológica. Magistralmente!
Ontem
não cheguei a responder à sua observação sobre o prédio vermelho… Pelo pormenor
e gosto com que o descreveu não me surpreende que seja a sua casa. Deve ser
belíssima! Mas parece-me que o que mais a satisfez foi mesmo o facto de poder
incluí-la no romance para aquele efeito específico! A Teresa é extraordinária!
Não
sei como expressar de outro modo o quanto amei estas Mulheres/Homem que
venceram os seus demónios! E acho que nunca lhe disse, mas vou dizer agora –
gosto muito, muito e tenho um enorme orgulho na minha Amiga Teresa
Martins Marques!
Antonio Cangueiro:
ResponderEliminarPodem os encontros ocasionais ocasionar amores possíveis.
Por um acaso a minha Manuela, ao mudar o carro para a sombra, vem e me diz: a nossa amiga Dra Teresa Martins Marques está a dar uma entrevista na Antena 1, logo o rádio ligo e atentamente escuto a entrevista.
Dá-se a conhecer mais o trabalho de uma vida a mostrar os outros: " estamos marcados até aos 25 anos, o resto é melodia....", - Teresa Martins Marques,
Entrevista onde mostra o seu carácter, a amizade que nutre pelos amigos, da atitude em nomear as pessoas que a ajudam no ENORME trabalho de nos dar a conhecer escritores e pessoas: Rodrigues Migueis, David Mourão Ferreira e Amadeu Ferreira. Claves de Sol, Chuva de Sombra e agora morte D.Juan, promovido o amor e a amizade, um próximo romance seria uma alegria.
Parabéns pela entrevista.