Como é que tive a
ideia de escrever "A Mulher que Venceu Don Juan"?
Num domingo de
Agosto de 2012, recebi um telefonema de uma querida amiga dizendo que precisava
urgentemente de falar comigo. A voz dela traduzia uma profunda angústia. Ela
estava fora de Lisboa e eu também. Pegou no carro e fez a viagem até à
localidade onde me encontrava.
É uma jovem mulher,
inteligente, bonita e culta. Tinha acabado de fazer 45 anos. O presente de
aniversário que o marido lhe ofereceu foi uma terrível ameaça: A ameaça de a
atirar para o fundo de uma barragem que existe ali perto.
Ela soube vencer o
medo, e enfrentou a situação fazendo o que tinha a fazer, para se salvar.
Nesse dia e em
homenagem a ela (a quem nunca contei nada disto) resolvi que era preciso dar
voz às vítimas de violência doméstica.
Por isso Sara tem
45 anos. A idade dessa minha amiga. É até possível que ela leia isto que estou
a escrever. Se o ler, será uma enorme surpresa para ela.
Mesmo tendo eu
inventado a vida de Sara, que é diferente da vida dessa minha amiga, tudo isto
tem uma motivação concreta.
Romance da vida real.
Romance de homenagem às vítimas reais que sofrem em silêncio.
Teresa Martins
Marques
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