13/04/2014

A Mulher que Venceu Don Juan e o Dia da Mulher, por Maria João Cantinho

Foto: Que me perdoem as raparigas que acham que o feminismo já não serve para nada. Aquelas que, cultas, sofisticadas e independentes, consideram que é um sinal de inferioridade lutar pelas mulheres indefesas e vítimas de uma sociedade ainda machista e cruel para com as mulheres, não apenas no nosso país, como em todo o mundo. Aquelas que se recusam a comemorar o Dia da Mulher por considerar um sinal de inferioridade do género (talvez não saibam qual o acontecimento trágico que deu origem a essa comemoração). Nós, as auto-confiantes, as independentes, as que tivemos a sorte de ter um futuro, pelas mais variadas razões (boas famílias, acesso a estudos superiores e a bons empregos, etc.) devemos ser conscientes das que não gozaram das facilidades que tivemos e que são vítimas diárias (basta ver, só no nosso país, a estatística brutal de mulheres vítimas de violência doméstica e assassinadas pelos companheiros e ex-companheiros). É por isso que agradeço a Teresa Martins Marques o seu belíssimo livro que, além de um romance muito bem escrito sobre o tema do Don Juanismo, combinando uma erudição fabulosa e que cruza conhecimentos de várias áreas, numa linguagem escorreita e despretensiosa, é um hino de homenagem a essas mulheres corajosas que souberam fintar o seu destino, uma homenagem também ao trabalho inexcedível da APAV, cujo aparecimento tem contribuído para uma viragem na vida de muitas mulheres. Obrigada, Teresa! Corajosa, sempre.Que me perdoem as raparigas que acham que o feminismo já não serve para nada. Aquelas que, cultas, sofisticadas e independentes, consideram que é um sinal de inferioridade lutar pelas mulheres indefesas e vítimas de uma sociedade ainda machista e cruel para com as mulheres, não apenas no nosso país, como em todo o mundo. Aquelas que se recusam a comemorar o Dia da Mulher por considerar um sinal de inferioridade do género (talvez não saibam qual o acontecimento trágico que deu origem a essa comemoração). Nós, as auto-confiantes, as independentes, as que tivemos a sorte de ter um futuro, pelas mais variadas razões (boas famílias, acesso a estudos superiores e a bons empregos, etc.) devemos ser conscientes das que não gozaram das facilidades que tivemos e que são vítimas diárias (basta ver, só no nosso país, a estatística brutal de mulheres vítimas de violência doméstica e assassinadas pelos companheiros e ex-companheiros). É por isso que agradeço a Teresa Martins Marques o seu belíssimo livro que, além de um romance muito bem escrito sobre o tema do Don Juanismo, combinando uma erudição fabulosa e que cruza conhecimentos de várias áreas, numa linguagem escorreita e despretensiosa, é um hino de homenagem a essas mulheres corajosas que souberam fintar o seu destino, uma homenagem também ao trabalho inexcedível da APAV, cujo aparecimento tem contribuído para uma viragem na vida de muitas mulheres. Obrigada, Teresa! Corajosa, sempre.

Maria João Cantinho

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